terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pintura íntima


Às vezes eu me pego pensando em como seria se pudéssemos, ao final do dia, pintar um quadro que resumisse como foi aquele período vivenciado. Seria muito interessante, não? A cada dia, uma visão diferente traduzida em cores, formas, símbolos... Mensagens traduzidas em arte!

Alguns dias teriam cores vibrantes: laranja, verde escuro, amarelo, vermelho, roxo. Outros, tons mais pasteis: rosa claro, azul céu, verde água, amarelo bem clarinho. Já determinados dias receberiam cores escuras, frias: cinza, bege, terra, grafite. E ainda, teríamos alguns quadros (tomara que pouquíssimos) com cores tristes e sóbrias: preto, cinza, branco.

As formas seriam as mais variadas! Dias felizes trariam sol, flores, crianças, aves. Aqueles dias românticos teriam dezenas de corações, bonequinhos, flores caprichadas, uma lua cheia ou um sol radiante. Os tensos teriam traços fortes, linhas sinuosas, formas abstratas. Os tristes trariam nuvens de chuva, pessoas sozinhas.

Quando quiséssemos saber como foi o ano "x", bastava reunir todos os quadros pintados e fazer uma análise. Teríamos uma coleção considerável! Única, pessoal e eterna. Assim como são nossas vidas!

Se pensarmos desse jeito, nossas vidas são compostas de coleções desses quadros. Uma vez pintados, não podemos apagá-los mas, se a pintura não agradou, podemos nos esforçar para, no dia seguinte, fazermos um desenho mais atraente, que dê orgulho de pendurar na parede!

Se hoje eu pintasse o meu quadro do dia ele seria neutro. Nem feliz, nem triste. Nem colorido, nem sóbrio. Vou me esforçar para que meu quadro de amanhã seja mais bonito! Acho até que vou separar os potinhos de tintas das cores amarelo, laranja, azul, roxo e vermelho! Espero desenhar muitos sois, flores, corações e bonecos "smile".

E você? Como seria o seu quadro de hoje?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tudo anda muito complicado...


Tem dias que é difícil manter a postura de uma pessoa centrada. Os problemas e inquietações aparecem, não tem como fugir deles. Aliás, acho mesmo que os problemas são o que nos fazem lembrar o real motivo de estarmos vivos: aprender.

Bacana quando conseguimos aprender com os obstáculos que aparecem no nosso caminho. Em geral, posso dizer que eu aprendo com eles, mas às vezes demora.

Ultimamente, tenho percebido que preciso melhorar – e muito! – em relação à compreensão às pessoas, de maneira geral. Tenho um defeito horroroso de esperar muito dos outros, principalmente em relação a atitudes.

Não espero nada em troca e sou incapaz de jogar as coisas na cara das pessoas. Mas toda vez que alguém age diferente de como eu esperava que agisse, fico mal, isso me chateia.

Em situações específicas, sei que o maior erro foi meu. Por estar acostumada a algumas reações que aconteciam, acho que elas vão continuar acontecendo mesmo quando as pessoas envolvidas são diferentes. E dói.

Juro que estou começando a considerar a hipótese de eu ser mesmo uma pessoa mimada. De ter tudo quando, onde e como eu quero. E aí complica tudo quando algo sai de forma diferente àquela que eu já tinha certeza que seria.

Pretensiosa? Talvez. Tenho que começar a entender (aliás, já demorei a entender isso) que as pessoas são diferentes e, por causa disso, agem de maneira diferente. Nem melhor, nem pior, apenas maneiras diferentes.

Acho que vou escrever essa frase e colá-la em diversos lugares: no espelho do banheiro, no meu quarto, no computador do trabalho, no meu carro. Fazer uma lavagem cerebral em mim mesma. Quem sabe assim eu sofro menos das próximas vezes em que as coisas não saírem exatamente da maneira que eu havia planejado?