quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Fácil


::: Eu não quero viver um amor de cinema
Não acredito em nada que seja 100% e nem em casais que são felizes
O ser humano, por sua essência, tem defeitos. Se é difícil conviver com os seus, imagine conviver com o do outro?
::: Quero viver um amor que me faça feliz
Quero sentir frio na barriga ao vê-lo chegar
Me arrepiar ao ouvi-lo dizer que me ama
Quero ouvir que fico linda quando acordo, mesmo com a cara inchada e o cabelo desarrumado
Quero que ele me entenda na TPM, compre chocolate, nunca deixe faltar Coca-Cola e ainda diga que nem percebeu que estou uma mala
Quero que ele cale a minha boca com um beijo, não com palavras
Quero que ele mate minha fome com prazer, não com comida
::: Eu espero um amor que seja meu cúmplice. Que entenda meus erros e ainda compactue deles
Não que passe a mão na minha cabeça, mas que me ajude a sair dos problemas se enfiando neles comigo
Quero cruzar a linha de chegada e vê-lo do outro lado, me esperando de braços abertos e um sorriso na cara
Não quero saber que posso contar com ele. Quero contar e só saber depois
::: Quando eu estiver triste, quero que ele me faça rir só falando bobagens e coisas desconexas
Não quero que ele me julgue nunca, salvo quando ele disser que eu sou a mulher da vida dele
Quero que ele me faça feliz só pelo fato de existir e ser
Quero que ele seja possessivo, me trate como dele, e só dele
Quero que ele cozinhe pra mim, lave o banheiro, arrume a sala e me deixe dormir até mais tarde
::: Quero que ele curta praia, sol, mar, mas que admita que tudo isso só vale se for comigo junto
Quero que ele admita seus defeitos, seus erros, e saiba que mesmo assim eu o amo incondicionalmente – e não mude nunca
Quero que ele me ligue de madrugada só pra dizer que me ama
Quero que ele toque violão e faça músicas pra mim
Que ele cuide de mim quando estiver mal, ou mesmo quando estiver melelê e só precisar de carinho
::: Quando eu brigar com ele, quero que ele me abrace, me beije e diga que tudo vai passar
Quando eu estiver triste, quero que ele só fique do meu lado. Quietinho. E espere que eu fale com ele se quiser (e quando quiser)
Quero que ele seja sempre meu melhor amigo. Pra todas as horas.
Quero poder pensar nele quando eu abrir os olhos de manhã. E também que ele seja meu último pensamento antes de dormir.
::: Quero ter certeza de que essa pessoa existe. E eu acho que existe sim.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Eu sei


:: Hoje eu só queria dizer que tenho tentado de tudo para me tornar a pessoa perfeita para você. Desculpe se, na ânsia de agradá-lo, me perdi no caminho e deixei algo a desejar
:: Eu sei que, dia após dia, aprendo com a vida e procuro usar esse aprendizado para um bem maior: o bem das pessoas que eu amo
:: Passamos dias incríveis, noites inesquecíveis, momentos inigualáveis. Quero te agradecer pela companhia, pela atenção e por ter tornado tudo isso especial
:: Também quero dizer que nunca esquecerei o brilho dos seus olhos, o calor da sua pele, o seu cheiro de roupa seca no sol, a textura do seu cabelo recém-raspado, o atrito do edredom envolvendo nossos corpos
:: Ainda consigo te ouvir dizer “bom dia”
:: Não me lembro de escutar você falar “não te quero mais”
:: Existem dois pontos na vida de quem ama que merecem atenção:
1. Quando você começa a entender o que as letras de músicas querem dizer
2. Quando você não consegue mais se imaginar sem a outra pessoa
:: Já passei pelos dois estágios e a situação é bem complicada
:: Gostaria muito de poder ter certeza de que estou no caminho certo, de que realmente vale a pena mergulhar nesse mar ao invés de, por medo de se machucar, ter de se limitar a molhar somente a ponta dos pés
:: Medo de descobrir dentro do oceano que eu não sabia nadar. Ou que meus braços e pés não agüentariam nadar por muito tempo. O problema está em saber que o mar não vai dar pé, depois de mergulhar, não tem volta
:: Ainda sinto suas mãos segurando as minhas. Vejo seus dedos curtos e gordinhos envolvendo os meus, finos e longos (mãos de pianista)
:: Lembro com saudades dos nossos momentos “mentalidade dez anos”, com coisas bizarras e escatológicas, ataques de riso incontroláveis e a sensação incomparável de amar e ser amado – só quem passa por isso sabe
:: Sinto falta de dormir apertada na cama de solteiro
:: Fico feliz por saber que eu amo saber que eu te amo
:: Desculpa se te magoei. Se te acusei injustamente, se te fiz passar por situações que você não merecia, desculpe
:: Quero te pedir só mais uma coisinha:
Não deixe que a gente se perca! Não depois de tudo o que passamos, de tudo que fizemos e de tudo que vencemos. Pode ser?

PS: Volta logo! Você faz uma falta danada!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pintura íntima


Às vezes eu me pego pensando em como seria se pudéssemos, ao final do dia, pintar um quadro que resumisse como foi aquele período vivenciado. Seria muito interessante, não? A cada dia, uma visão diferente traduzida em cores, formas, símbolos... Mensagens traduzidas em arte!

Alguns dias teriam cores vibrantes: laranja, verde escuro, amarelo, vermelho, roxo. Outros, tons mais pasteis: rosa claro, azul céu, verde água, amarelo bem clarinho. Já determinados dias receberiam cores escuras, frias: cinza, bege, terra, grafite. E ainda, teríamos alguns quadros (tomara que pouquíssimos) com cores tristes e sóbrias: preto, cinza, branco.

As formas seriam as mais variadas! Dias felizes trariam sol, flores, crianças, aves. Aqueles dias românticos teriam dezenas de corações, bonequinhos, flores caprichadas, uma lua cheia ou um sol radiante. Os tensos teriam traços fortes, linhas sinuosas, formas abstratas. Os tristes trariam nuvens de chuva, pessoas sozinhas.

Quando quiséssemos saber como foi o ano "x", bastava reunir todos os quadros pintados e fazer uma análise. Teríamos uma coleção considerável! Única, pessoal e eterna. Assim como são nossas vidas!

Se pensarmos desse jeito, nossas vidas são compostas de coleções desses quadros. Uma vez pintados, não podemos apagá-los mas, se a pintura não agradou, podemos nos esforçar para, no dia seguinte, fazermos um desenho mais atraente, que dê orgulho de pendurar na parede!

Se hoje eu pintasse o meu quadro do dia ele seria neutro. Nem feliz, nem triste. Nem colorido, nem sóbrio. Vou me esforçar para que meu quadro de amanhã seja mais bonito! Acho até que vou separar os potinhos de tintas das cores amarelo, laranja, azul, roxo e vermelho! Espero desenhar muitos sois, flores, corações e bonecos "smile".

E você? Como seria o seu quadro de hoje?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tudo anda muito complicado...


Tem dias que é difícil manter a postura de uma pessoa centrada. Os problemas e inquietações aparecem, não tem como fugir deles. Aliás, acho mesmo que os problemas são o que nos fazem lembrar o real motivo de estarmos vivos: aprender.

Bacana quando conseguimos aprender com os obstáculos que aparecem no nosso caminho. Em geral, posso dizer que eu aprendo com eles, mas às vezes demora.

Ultimamente, tenho percebido que preciso melhorar – e muito! – em relação à compreensão às pessoas, de maneira geral. Tenho um defeito horroroso de esperar muito dos outros, principalmente em relação a atitudes.

Não espero nada em troca e sou incapaz de jogar as coisas na cara das pessoas. Mas toda vez que alguém age diferente de como eu esperava que agisse, fico mal, isso me chateia.

Em situações específicas, sei que o maior erro foi meu. Por estar acostumada a algumas reações que aconteciam, acho que elas vão continuar acontecendo mesmo quando as pessoas envolvidas são diferentes. E dói.

Juro que estou começando a considerar a hipótese de eu ser mesmo uma pessoa mimada. De ter tudo quando, onde e como eu quero. E aí complica tudo quando algo sai de forma diferente àquela que eu já tinha certeza que seria.

Pretensiosa? Talvez. Tenho que começar a entender (aliás, já demorei a entender isso) que as pessoas são diferentes e, por causa disso, agem de maneira diferente. Nem melhor, nem pior, apenas maneiras diferentes.

Acho que vou escrever essa frase e colá-la em diversos lugares: no espelho do banheiro, no meu quarto, no computador do trabalho, no meu carro. Fazer uma lavagem cerebral em mim mesma. Quem sabe assim eu sofro menos das próximas vezes em que as coisas não saírem exatamente da maneira que eu havia planejado?


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Até quando?


Hoje, enquanto voltava do trabalho pra casa, fiquei pensando em um assunto que realmente me incomodou. Os medos atuais. Já parou para pensar sobre as coisas que nos causam medo atualmente?

A falta de segurança é um ótimo exemplo. Nós saímos pela manhã para trabalhar e estamos sujeitos a tantas coisas! Um acidente de trânsito, um assalto, um seqüestro-relâmpago. No próprio ambiente de trabalho, temos medo de sermos demitidos (como pagar as contas?), daquele colega invejoso aprontar para cima de nós...

No dia-a-dia, temos medo de notícia ruim. De perder alguém que amamos. Da reação do seu amigo quando você esquece - por pressa e total falta de tempo - o aniversário dele. De abrir a maldita fatura de cartão de crédito. De receber mais uma multa e correr o risco de perder a habilitação por excesso de pontos.

Temos medo de abrir um arquivo do e-mail (pode conter vírus). Temos medo de atender uma ligação de um número desconhecido (podem querer clonar o celular). Evitamos sacar dinheiro em caixas eletrônicos localizados em pontos muito movimentados (pode ter chupa-cabras e copiarem a tarja).

Temos medo de ingerir muito açúcar. Temos medo de engordar. Temos medo da gordura trans (?). Chocolate engorda, salgadinho de pacote tem corante artificial e salgadinho de boteco é encharcado de óleo (aiiii o colesterol!). Ou seja, não se pode ter prazer nem com a comida!

E por falar em "comer" (hehehe) Temos medo até de transar com quem acabamos de conhecer. Aids, DST, tanta coisa ruim que afugenta e amedronta! Não se pode ter prazer sem prevenção e, mesmo com prevenção, vai que...

Temos medo de usar desodorante que contenha CFC. Temos medo de comer uma fruta ou verdura sem lavar. Temos medo do mosquito estranho que está na parede (vai que é da dengue?). Temos medo de tomar banhos demorados e relaxantes e acabarmos com a água do planeta! Temos medo de imprimir documentos e desperdiçar papel.

Agora, como se não bastasse mais nada, temos medo de respirar e pegar a gripe suína!

Ora, não se pode sair de casa, nem trabalhar em paz, nem comer o que você gosta, nem dar para quem você bem entender e nem respirar? E eu pergunto: até quando? Até quando seremos reféns desses medos urbanos? Do excesso de informação, que ameaça, limita e pune?

Ah, às vezes cansa...

terça-feira, 7 de julho de 2009

O poeta está vivo sim!


Quem nunca sonhou em ter a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida?

Ou pensou ter encontrado o amor da sua vida, que duraria daqui até a eternidade? E, por isso, se jogou aos pés da pessoa amada, assim, exagerado?

Quem nunca buscou por uma ideologia para viver? E quem pensou (ou teve certeza) que a burguesia fede?

Quem nunca fez promessas malucas, tão curtas quanto um sonho bom? Quem é que nunca guardou segredos de liquidificador ou protegeu o nome da pessoa amada por amor?

Quem é que nunca pensou estar sobrevivendo dias sim, dias não, sem um arranhão? E que, justamente por conta disso, teve a certeza de que o tempo não pára?

Quem é que nunca curtiu a hora da Sessão Coruja, nem que fosse pra ver o dia nascer feliz?

Quem é que nunca odiou alguém por quase segundo só para amar mais depois?

Quem nunca inventou um amor e, quando acabou, descobriu que ele nunca existiu?

Quem nunca teve vontade de gritar na frente do Palácio do Planalto: Brasil, mostra a sua cara?

Quem é que nunca quis ser Cazuza?

Sim, o poeta está vivo. Conheceu os jardins do Éden e nos contou. Durante a sua breve vida louca... Mas intensa, como tudo o que há de melhor no mundo deve ser. Alguém já disse que a importância de um momento não se conta pelo tempo que ele durou, mas sim pela sua intensidade. Cazuza foi assim. Intenso. Amado. Odiado. Aplaudido. Recusado. Incompreendido. Admirado. Corajoso. Verdadeiro. Excêntrico. Libertino. Ousado. Único.

O mundo carece de novos Cazuzas. Obrigada por existir e por deixar o seu legado para a eternidade. E, acima de tudo, obrigada por fazer parte da minha vida e de muitas outras pessoas que o entendiam e que, no fundo, sempre quiseram ser um pouco Cazuza.



terça-feira, 30 de junho de 2009

Tudo


Ele me envolve em seus braços e, em um abraço, todo o mal fica de fora. Agora somos um. Presos no mesmo espaço, ligados a um só tempo, egoístas com o que nos rodeia. Só existe nós, ali, intactos, mudos, inundados pelo silêncio por vezes interrompido pelo barulho da nossa respiração.

Batimentos acelerados, ansiosos, pulsados e desritmados. Sedentos, saudosos. É como se fosse possível eternizar aquele momento. Não se sabe por quanto tempo dura, mas nunca é suficiente e sempre queremos mais.

As mãos percorrem tensas o corpo do outro, a saliva seca, os olhos se fitam e transmitem carinho, desejo, realização. É bom estar com ele, é bom sentir o que sinto, o que ele me proporciona.

Segurança. Talvez seja essa a palavra. Segurança com carinho. Cumpliciddade, é essa a palavra que nos define. Sim, somos cúmplices. Das mentiras, das preocupações, das aflições, das prioridades, do desejo, dos sentimentos. Cúmplices em tudo.

Beijos calorosos, carinhosos, estratégicos. Calor, suor, energia, fluidos. A atmosfera nos envolve e faz aflorar os instintos. Misto de prazer e dor. Medo de onde isso vai dar. O depois reserva surpresas e o amanhã é uma incógnita. É preciso sentir o hoje, o agora, cada minuto e segundo mágicos.

Não sei descrever o que vejo quando olho em seus olhos, mas é bom. Talvez não saiba descrever por que ele me completa. É isso, me sinto completa. Como pessoa, mulher, valorizada. Completa. Nem que seja num instante, naquele instante onde é possível sentir tudo. Eu com ele somos tudo.

PS: É sempre bom avisar: esse é mais um post dedicado a ninguém. Obrigada.