
Lá vai ele, rumo a sua casa depois de um dia exuastivo de trabalho. Às vezes, exigir demais do intelecto cansa mais do que carregar tijolos e sacos de cimento no lombo. Ele desce uma das ruas mais democráticas da gigante São Paulo. Preocupado, nem repara na diversidade de pessoas, estilos e tribos que desviam das poças d’água nas calçadas molhadas pela garoa fina que insiste em cair na terra conhecida justamente por essa característica peculiar.
Ele pára. Reflete um pouco e decide entrar em um dos botecos da rua para uma cerveja inocente. Senta-se ao balcão, pede a “de sempre”, ajeita-se na cadeira e pensa na vida. O trabalho lhe demanda muito, grande volume de informações, cobranças, pressões... Ele, mais do que ninguém, sente-se merecedor daquela pausa após labuta. Uma de suas preocupações vêm a mente entre um gole e outro da bebida: um novo lugar para morar.
O contrato atual venceu e o proprietário lhe decretou a data de saída do imóvel. O tempo parece ser cruel e implacável e ele não consegue encontrar nada que lhe agrade. Ora, escolher uma casa não é como comprar uma calça jeans, você não poderá se arrepender, pelo menos, por longos doze meses. Por isso, todo cuidado é pouco e toda a cautela é fundamental.
Ele faz algumas contas e sente-se mais desanimado quando vê que o dinheiro mal sobrará para o lazer. Mas ok, tudo o que ele não precisa é de mais uma preocupação. A cerveja acaba. Ele titubeia entre pedir mais uma ou subir a ladeira em direção ao coração financeiro de Sampa para, finalmente, chegar em casa e dormir o sono dos justos. Levanta-se, paga a conta e sobe a rua, entre letreiros luminosos de bares e baladas que já começam a se preparar para receber as centenas de pessoas que se aglomeram pela rua Augusta.
Preocupado que estava, não deu oportunidade de conversar com seu vizinho no balcão do boteco. O homem estava preocupado pois havia dois meses que colocava sua casa para alugar – oportunidade que o aposentado vislumbrou de aumentar sua renda mensal – e não recebera nenhum telefonema de interessados pela locação.
Tem dias à tarde que a noite é foda.
Ele pára. Reflete um pouco e decide entrar em um dos botecos da rua para uma cerveja inocente. Senta-se ao balcão, pede a “de sempre”, ajeita-se na cadeira e pensa na vida. O trabalho lhe demanda muito, grande volume de informações, cobranças, pressões... Ele, mais do que ninguém, sente-se merecedor daquela pausa após labuta. Uma de suas preocupações vêm a mente entre um gole e outro da bebida: um novo lugar para morar.
O contrato atual venceu e o proprietário lhe decretou a data de saída do imóvel. O tempo parece ser cruel e implacável e ele não consegue encontrar nada que lhe agrade. Ora, escolher uma casa não é como comprar uma calça jeans, você não poderá se arrepender, pelo menos, por longos doze meses. Por isso, todo cuidado é pouco e toda a cautela é fundamental.
Ele faz algumas contas e sente-se mais desanimado quando vê que o dinheiro mal sobrará para o lazer. Mas ok, tudo o que ele não precisa é de mais uma preocupação. A cerveja acaba. Ele titubeia entre pedir mais uma ou subir a ladeira em direção ao coração financeiro de Sampa para, finalmente, chegar em casa e dormir o sono dos justos. Levanta-se, paga a conta e sobe a rua, entre letreiros luminosos de bares e baladas que já começam a se preparar para receber as centenas de pessoas que se aglomeram pela rua Augusta.
Preocupado que estava, não deu oportunidade de conversar com seu vizinho no balcão do boteco. O homem estava preocupado pois havia dois meses que colocava sua casa para alugar – oportunidade que o aposentado vislumbrou de aumentar sua renda mensal – e não recebera nenhum telefonema de interessados pela locação.
Tem dias à tarde que a noite é foda.