terça-feira, 30 de junho de 2009

Tudo


Ele me envolve em seus braços e, em um abraço, todo o mal fica de fora. Agora somos um. Presos no mesmo espaço, ligados a um só tempo, egoístas com o que nos rodeia. Só existe nós, ali, intactos, mudos, inundados pelo silêncio por vezes interrompido pelo barulho da nossa respiração.

Batimentos acelerados, ansiosos, pulsados e desritmados. Sedentos, saudosos. É como se fosse possível eternizar aquele momento. Não se sabe por quanto tempo dura, mas nunca é suficiente e sempre queremos mais.

As mãos percorrem tensas o corpo do outro, a saliva seca, os olhos se fitam e transmitem carinho, desejo, realização. É bom estar com ele, é bom sentir o que sinto, o que ele me proporciona.

Segurança. Talvez seja essa a palavra. Segurança com carinho. Cumpliciddade, é essa a palavra que nos define. Sim, somos cúmplices. Das mentiras, das preocupações, das aflições, das prioridades, do desejo, dos sentimentos. Cúmplices em tudo.

Beijos calorosos, carinhosos, estratégicos. Calor, suor, energia, fluidos. A atmosfera nos envolve e faz aflorar os instintos. Misto de prazer e dor. Medo de onde isso vai dar. O depois reserva surpresas e o amanhã é uma incógnita. É preciso sentir o hoje, o agora, cada minuto e segundo mágicos.

Não sei descrever o que vejo quando olho em seus olhos, mas é bom. Talvez não saiba descrever por que ele me completa. É isso, me sinto completa. Como pessoa, mulher, valorizada. Completa. Nem que seja num instante, naquele instante onde é possível sentir tudo. Eu com ele somos tudo.

PS: É sempre bom avisar: esse é mais um post dedicado a ninguém. Obrigada.

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